Mostrando postagens com marcador capuchinhos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador capuchinhos. Mostrar todas as postagens

sábado, 21 de setembro de 2013

A jovialidade clariana

A coerente fé de Santa Clara de Assis, ainda no despertar de sua juventude, revelava o seu desejo de viver a serviço do próximo. O mesmo fervor tinha sua mãe e desta, aprendeu a aliviar o sofrimento dos menos favorecidos, aos quais ajudava caridosamente.
Do seu primeiro contato com São Francisco através da pregação dele na Catedral de Assis, Clara sente-se iluminada pelo exemplo vivo de Francisco e, ao mesmo tempo, atraída pelo seu inovador modo de vida, tão conforme a mensagem cristã. É a face de uma jovem que encontra o sentido de sua existência. Sente o coração palpitar ligeiro com a possibilidade de se consagrar perpetuamente ao Sumo Deus.
Foram muitas as dificuldades em sua experiência de fé, as incompreensões por parte da família quanto a sua caminhada. No entanto, ela não voltaria atrás. Optou pelo seguimento do Cristo Jesus pobre, humilde e obediente; seguiria as pegadas que Francisco deixou ao mundo.
Como a juventude de hoje, também Clara se Lança em escolhas nada fáceis e até arriscadas. Também a jovem sentiu medo, mas, a coragem e o vigor da jovialidade levaram-na a buscar seus sonhos. São 800 anos do carisma clariano na Igreja. Suas palavras ecoam forte através dos séculos e continuam atualizadas. Como ela própria cita em uma de suas cartas: “não perca de vista seu ponto de partida”.


Postulante Warley Alves de Oliveira

domingo, 8 de setembro de 2013

Rosto Humano de Jesus


Neste mundo em que nós vivemos, a maldade parece não ter fim. Pessoas brigam por motivos bobos e se esquecem do bem necessário: o amor.
Infelizmente, o orgulho ainda segue alimentando o ódio no coração humano.
Vidas estão pelo mundo procurando um sentido ou uma razão para continuar a viver. São milhares de pessoas passando fome de pão e de amor.
O rosto humano de Jesus está presente em nosso meio e não o vemos. Às vezes, percebemos tudo, menos o que está a nossa volta gritando por nós.
O autor da vida, aquele que nos conhece no mais intimo do coração, está no outro; naqueles que sofrem, naqueles se alegram. É necessário ver além das aparências e perceber o que as pessoas trazem de bom e o exemplo que elas nos deixam.
Portanto, é preciso buscar no exemplo do Cristo que se faz e refaz nas pessoas. Devemos ser exemplo de misericórdia; ser carinho onde há necessidade de carência; ser o amor.
Sejamos o rosto de Jesus a partir das coisas simples, das pequenas ações do dia a dia.


Postulante Aeliton Martins da Silva

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Claridade

Observando os escritos de nossa irmã Clara é possível constatar que ela foi uma mulher de coragem e misericórdia. Irmã que irradiou claridade.Claridade tal, capaz de revelar na vivencia com suas irmãs a face de Deus, um Deus terno, que caminha junto do seu povo. Que fala a todo tempo: no convívio do dia-a-dia, no silêncio da oração.

Um Deus que nos convida à comunhão, à fraternidade, ao amor; desafio para atualidade que, muitas vezes, perde-se no ativismo e na correria. Deixando de perceber o que se passa a nossa volta, e por consequência fechando-nos para as surpresas de Deus.

Irmã Clara mostra a eficácia da atenção, no se fazer presente, no ser força transformadora no meio em que se vive. Mulher de garra e coragem “Ninguém, poderá afastar-me de tão grande alegria”.(cf. 3ª Carta a Inês de Praga, 5’’).

Venceu os protocolos de sua época, dando inicio a um novo jeito de ser Igreja. Enfrentou os desafios da vida, assim como muitos homens e mulheres, que lutam a favor da vida, que lutam pela justiça e fraternidade. Que tem coragem de viver a vida com todas as suas exigências e dar verdadeiro sentido a ela.

Ainda com todo esse encorajamento, não perde a ternura, contempla a singularidade de cada irmã, pois na diversidade que se dá à riqueza de uma fraternidade. Exerce um cuidado admirável para com suas irmãs, como vemos no relato a seguir: “Assim, muitas vezes, no frio da noite, ia cobrir com as próprias mãos as que estavam dormindo”.(cf. LCL 38’,2’’)

Deste modo, o testemunho de irmã Clara, plantinha de Frei Francisco, encoraja-nos a sermos, para além de nossas fragilidades, implantadores efetivos e afetivos da justiça e do amor, que é Cristo. E a viver entre as coisas que passam abraçando as que não passam, levando claridade aos cantos do mundo carecido de Luz.


Postulante Abdias Rodrigues de Oliveira Júnior

domingo, 25 de agosto de 2013

Semana Vocacional

Durante a terceira semana de agosto dedicada à vida religiosa consagrada, nossa Família Franciscana visitou algumas comunidades das Paróquias Santo Antônio, São Benedito, Nossa Senhora da Abadia, São Pedro e São Paulo, São João Batista e São Vicente para rezarmos juntos pelas vocações franciscanas. Na ocasião, separados em grupos formados pelos Postulantes, Franciscanos Seculares, Jufristas e vocacionados à vida capuchinha falávamos brevemente sobre nossas vocações próprias e era lançada a semente do convite vocacional.

Oração Vocacional

Senhor, Tu me criaste! Deste-me o Teu rosto e também o Teu coração.
Colocaste-me no mundo para que eu possa ser para as criaturas, expressão do Teu amor.
Neste momento, coloco-me diante de Ti, pois, quero ser instrumento em Tuas mãos.
Quero transmitir a PAZ, onde a guerra insiste em se fazer presente.
Quero semear o BEM, onde o ódio ainda determina a ação das pessoas.
Ilumina-me, Senhor, para que eu possa acolher o caminho que Tu apontas para mim
e realizar em minha vida a tua vontade.
Que eu possa seguir Jesus Teu Filho ao modo de Francisco de Assis.
Anima e sustenta, todos aqueles, que por teu chamado,
se fazem membros da mesma Família Franciscana.
Amém!


A Ordem Franciscana Secular (OFS) se reúne nos 1º e 3º domingos do mês às 15:30hs.
As reuniões da Juventude Franciscana (JUFRA) são aos sábados às 15:30hs.


Postulantes, Jufristas e vocacionados

sábado, 24 de agosto de 2013

O Santo das ruas de Roma

Aos arredores de Roma havia alguém diferente: barba grande, túnica marrom, com a simplicidade estampada na face, e uma profunda dedicação aos mais necessitados.

Na Igreja, rezava constantemente. Ele era um homem caridoso e de estupenda humildade. Seu exemplo muito colaborou para com a Igreja e com a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos.

Homem de penitência, de entrega total a Deus. Irmão esmoler, reflexo de fraternidade. Na obediência exercia seu trabalho sem nunca murmurar. A mansidão era sua companheira. Ajudando os pobres, ajudava o próprio Cristo.

Santificou-se nas ruas de Roma, contemplando Jesus na face daqueles que tinham “fome”. Conservou sua vocação no olhar de gratidão dos irmãos. Permaneceu fiel mortificando tudo aquilo que o atrapalhava a viver segundo o Santo Evangelho.

Dedicou-se tanto ao mandamento do amor, que hoje o Amor faz-nos encontrar. Deixou marcas de um exemplo fidelíssimo de Capuchinho. Sua vida encheu-nos de luz. Meu querido irmão, eu ouço teus passos nas ruas de minha alma.

Irmão São Felix de Cantalício rogue a Deus pelos vossos irmãos que vivem e buscam viver segundo a forma do Santo Evangelho. Que sua fidelidade à regra de Nosso Pai fundador São Francisco ajude-nos a caminhar seguindo e amando o Cristo pobre e humilde.


Postulante Douglas Leandro de Oliveira



segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Amor: pedra angular da família cristã

A família não está desestabilizada só na Europa ou nos países desenvolvidos ou nos países marcados pela pobreza extrema. Está desestabilizada não só entre os católicos, mas também em todas as religiões, mesmo naquelas em que se pensa que a estrutura familiar seja sólida.

O que falta a família humana? Por que há traições matrimonias ou por que filhos revoltados matam os pais? Por que pais raivosos renegam o que eles mesmos geraram? A família não está em crise, ela por si mesma, como a vida humana, é a crise, que se alterna com tempos de bonança e tempestade.

Há famílias, isto é, eu e você, visto que ninguém pode viver sozinho, que acreditam e buscam a pedra angular sobre a qual se pode construir o relacionamento humano, afetivo, sexual político e social. Esta pedra angular é o amor.

Na família, a pedra fundamental sobre a qual se deve construir o futuro não são coisas nem beleza, juventude ou saúde porque tudo isso passa como vento; já que um belo dia, poderemos levantar pobres, doentes, velhos e sem trabalho. Mas nunca nos levantaremos sem amor e sem vida. Deixemos de olhar nossa pequena sobra pensando só em nós mesmos, comecemos assim a perceber o que o outro espera de mim, para que sejamos felizes.


Postulante Davy José Pereira

domingo, 11 de agosto de 2013

Fotos da Festa de Santa Clara de Assis



Ordem Franciscana Secular


Homilia de Frei Joaquim



Também na exata data era comemorado o dia dos pais



apresentação da "Trupe Retalhos e Remendos"

sábado, 3 de agosto de 2013

Fotos da Festa de Nossa Senhora dos Anjos

Oração a nossa Senhora dos Anjos

Virgem dos Anjos,
que por tantos séculos têm colocado
seu trono de misericórdia na Porciúncula,
ouvi as orações de seus filhos
que confiantes vos recorrem.
Abençoe nossas casas, nosso trabalho, nosso descanso,
dando-nos a paz serena, onde o ódio e a culpa,
são transformados em uma canção de alegria,
como a melodia de seus Anjos e de nosso seráfico Pai Francisco.
Ó Senhora dos Anjos, alcançai-nos,
pela oração do bem-aventurado Francisco,
o perdão aos culpados,
a perseverança aos fieis
e a luz da fé àqueles que não conhecem a Deus,
nossa verdadeira Paz
e Sumo Bem.
Amém.











Tríduo em louvor a Nossa Senhora dos Anjos

Coroa Franciscana das Alegrias de Nossa Senhora

Creio.
Pai-Nosso.
3 Ave-Marias.
Glória ao Pai.

I Alegria – Anunciação e Encarnação
No primeiro mistério consideramos a alegria de Nossa Senhora ao ouvir do Arcanjo São Gabriel que fora escolhida por Deus para ser Mãe do Salvador.
Pai-nosso, dez Ave-Marias e Glória ao Pai.

II Alegria – Visita a Santa Isabel
No segundo mistério consideramos a alegria da Santíssima Virgem em casa de sua prima Santa Isabel, quando foi pela primeira vez saudada como Mãe de Deus.
Pai-nosso, dez Ave-Marias e Glória ao Pai.

III Alegria – Nascimento de JesusNo terceiro mistério consideramos o inefável gozo de Nossa Senhora no estábulo de Belém, quando seu Filho divino nasceu milagrosamente.
Pai-nosso, dez Ave-Marias e Glória ao Pai.

IV Alegria – Adoração dos Reis MagosNo quarto mistério consideramos a alegria de Nossa Senhora quando os três magos vieram de longe adorar o Menino Jesus e oferecer-lhe ouro, incenso e mirra.
Pai-nosso, dez Ave-Marias e Glória ao Pai.

V Alegria – Encontro de Jesus no TemploNo quinto mistério consideramos a alegria de Nossa Senhora quando achou o Divino Menino no Templo entre os doutores.
Pai-nosso, dez Ave-Marias e Glória ao Pai.

VI Alegria – Ressurreição de JesusNo sexto mistério consideramos a alegria e o júbilo da Santa Mãe de Deus, quando, na manhã de Páscoa, viu seu Filho divino ressuscitado e glorioso.
Pai-nosso, dez Ave-Marias e Glória ao Pai.

VII Alegria – Coroação da Virgem Imaculada no céuNo sétimo mistério consideramos a maior de todas as alegrias de Nossa Senhora, quando morreu santamente e foi levada aos céus, com corpo e alma, acima dos coros angélicos, à direita de seu Filho divino, que a coroou Rainha dos anjos e dos santos.
Pai-nosso, dez Ave-Marias, Glória ao Pai e Salve Rainha.



Leitura para cada dia:

1º Dia - Legenda Perusina 8,1-12
Vendo o bem-aventurado Francisco que o Senhor queria aumentar o número de seus frades, disse-lhes um dia: ‘Caríssimos irmãos e meus filhinhos, vejo que o Senhor quer fazer crescer a nossa família. Parece-me que seria prudente e próprio de religiosos irmos pedir ao Senhor Bispo ou aos cônegos de S. Rufino ou ao abade do mosteiro de São Bento uma igreja pequena e pobre onde os frades possam recitar as horas e, ao lado, uma casa pequena e pobre, de barro e de vimes, onde os frades possam descansar e fazer o que lhes for necessário.O lugar que agora habitamos já não é conveniente e a casa é exígua demais para nos abrigar, visto que aprouve ao Senhor multiplicar-nos. Foi então apresentar ao bispo o seu pedido, que lhe respondeu assim: “Irmão, não tenho igreja para vos dar”. Dirigiu-se em seguida aos cônegos de S. Rufino. Estes deram-lhe a mesma resposta. Foi dali ao mosteiro de São Bento do Monte Subásio. Falou ao abade como fizera ao bispo e aos cônegos, relatando-lhe a resposta que deles obtivera. O abade compadecido, depois de se aconselhar com os seus monges, resolveu com eles, como foi da vontade de Deus, entregar ao bem-aventurado Francisco e seus frades a igreja de Santa Maria da Porciúncula, a mais pobre que eles possuíam. Para o bem-aventurado Francisco era tudo quanto de há muito desejava.


2º Dia - Escritos de Tomás de Celano
Não foi sem presciência de um oráculo divino que muito tempo antes se denominara Porciúncula o lugar por sorte destinado àqueles que desejavam neste mundo absolutamente nada possuir.
Observava-se ali, mais do que em cada um dos demais institutos, rígida disciplina em tudo, tanto no silêncio, como no trabalho. Embora soubesse Francisco que o reino de Deus se estabelece em qualquer parte da terra, experimentara, contudo estar o local da Igreja de Santa Maria da Porciúncula repleta de graça mais abundante e ser freqüentado pela visita dos anjos celestes. Dizia por isso aos irmãos muitas vezes: “Vede, filhos, não abandoneis este lugar. Se fordes expulsos por uma porta, entrai por outra; pois este lugar verdadeiramente é santo e a morada de Deus. Quando éramos poucos, o Altíssimo aqui aumentou nosso número; aqui iluminou os corações de seus pobres com a luz de sua sabedoria; aqui inflamou nossas vontades no fogo de seu amor. Considerai, portanto, filhos, o lugar da morada de Deus digno de toda honra, e de todo coração com exultação e louvor ali confessai a Deus.


3º Dia - Testemunho de Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim:
Uma noite, do ano do Senhor de 1216, Francisco estava compenetrado na oração e na contemplação na igrejinha da Porciúncula, perto de Assis, quando, repentinamente, a igrejinha ficou repleta de uma vivíssima luz e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, circundados de uma multidão de anjos. Francisco, em silêncio e com a face por terra, adorou a seu Senhor.
Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. A resposta de Francisco foi imediata: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero pecador, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão a visitar esta igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.
O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho portanto o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”.
E imediatamente, Francisco se apresentou ao Pontífice Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perúsia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e disse: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, destacadamente respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”.
E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Como, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”.
E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas:”Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”



Oração a nossa Senhora dos Anjos

Virgem dos Anjos,
que por tantos séculos têm colocado
seu trono de misericórdia na Porciúncula,
ouvi as orações de seus filhos
que confiantes vos recorrem.
Abençoe nossas casas, nosso trabalho, nosso descanso,
dando-nos a paz serena, onde o ódio e a culpa,
são transformados em uma canção de alegria,
como a melodia de seus Anjos e de nosso seráfico Pai Francisco.
Ó Senhora dos Anjos, alcançai-nos,
pela oração do bem-aventurado Francisco,
o perdão aos culpados,
a perseverança aos fieis
e a luz da fé àqueles que não conhecem a Deus,
nossa verdadeira Paz
e Sumo Bem.
Amém.

sábado, 29 de junho de 2013

Consciência Ambiental

A cada ano que passa aumentam os apelos dos grupos ambientalistas, pela tomada de consciência com a preservação da natureza e uso correto dos recursos naturais.

Fala-se em reciclagem, na reutilização das embalagens, reaproveitamento do lixo e até da água que usamos para tomar banho e lavar roupas. Idéias muito boas, mas nem sempre tão práticas e de fácil acesso a toda população. A grande maioria das cidades não dispõe de uma coleta seletiva do lixo e muito menos de um sistema de tratamento e reutilização da água usada nas casas. Uma verdade é que essa consciência ambiental atingiu grande visibilidade na mídia, mas pouca efetividade no dia-a-dia da população.

O homem moderno até acredita ser louvável e necessária uma maior preservação ambiental e um uso consciente dos recursos naturais e renováveis. O problema está no fato de que sempre se espera uma atitude do outro, do vizinho, da escola, do governo. As pessoas querem algo pronto, e estão tão enraizadas em uma cultura do fast-food, do self-service, do drive-in, do descartável, do desperdício, que fica quase impossível parar para uma reflexão e mudança de hábitos.

A sociedade globalizada do consumo aprendeu a consumir e jogar fora, e muitas vezes no chão, na grama, onde for mais cômodo. Tornamos-nos máquinas de poluição ambulantes, sentimos prazer em nos servir das coisas e descartá-las depois. Destruímos a natureza a cada acelerada do nosso carro, a cada embalagem aberta, a cada descarga dada. Mas um dia seremos nós mesmos engolidos e sufocados por nossos dejetos.


Postulante Marcelo Machado Coura

sábado, 22 de junho de 2013

Indigência: indivíduos invisíveis

A indigência afeta os centros urbanos, transformando em invisíveis, homens e mulheres à margem da sociedade. Sem perspectivas, pessoas terminam o ciclo da vida em total abandono, sem direitos e sem esperanças.

Em muitos estados, ocorrem acirradas disputas territoriais entre latifundiários e indígenas ou camponeses, como ocorreu, recentemente, em Mato Grosso. Índios e fazendeiros em manifestação pela defesa de seus territórios. Contudo, percebe-se que, aos poucos, são os nativos, aliás, habitantes desse continente antes mesmo da chegada dos europeus, que vão perdendo suas terras, delimitadas pelo governo. São desconsiderados em suas posições e “indigenciados”; pois, está ameaçada sua forma de vida. Dependem da flora e do cultivo rudimentar do solo para mantê-la e dar continuidade a mesma.

Com o intuito de embelezar a capital mineira para a Copa das Confederações, mendigos são retirados das ruas e encaminhados para bairros distantes, segundo algumas entidades assistenciais em Belo Horizonte. Estes são como homens invisíveis, que não satisfazem uma sociedade consumista. Residem nas ruas não por vontade própria, mas, por não encontrarem subsídios que os auxiliem na melhoria das condições de vida.

Conclui-se que, enquanto persistirem formas de exploração do ser humano, permitindo uma má distribuição de renda, muitas pessoas continuarão ocultas sob a sombra da indigência. Fingir sua inexistência, voltando o rosto e cruzando os braços é menosprezar a dignidade humana daqueles que carecem dos direitos fundamentais para viver, previstos, inclusive, nas constituições federais.


Postulante Warley Alves de Oliveira

sábado, 15 de junho de 2013

O Cuidado


Na vida, na saúde, na educação na ecologia, na ética e na espiritualidade haverá sempre a necessidade do cuidado. Onde não existe o cuidado, já não existe mais vida.

O primeiro fator que importa é lembrar de que o ser humano é um sujeito, e não uma coisa. Vidas estarão sempre em conjunto num globo, precisando da sintonia, do olhar cuidadoso para com a terra e cada componente que nela vive.

Cuidado e justiça distinguem-se, mas não se opõem. Eles se compõem, pois precisamos de ambos para dar conta dos problemas atuais.

Anselm Griin diz que quando as pessoas não podem mais falar entre si, a vida torna-se árida. Cuidar é também deixar o outro achar que precisa de algo e não dar-lhe o que ele precisa. É amar a vida sabendo que não vivemos sós.

Portanto, é preciso na dimensão do cuidado, sermos sempre gratos pelas complexidades dos bens que temos. A vivência do amor trabalhada resultará no crescimento pessoal e no cuidado necessário. 


Postulante Aeliton Martins da Silva






sábado, 8 de junho de 2013

Dom e Mistério

Somos marcados por nossa singularidade, tal qual nos forma e nos faz únicos. Romano Guardini, relata em suas memórias que, Deus diz a cada um, uma palavra original; todos nós somos palavras de Deus e que cabe a nós percebermos essa palavra e a fazer audível.

Tomás de Aquino, afirma em suas teses que, cada um de nós somos expressão reveladora de Deus neste mundo, de forma singular. Com nosso jeito de ser, somos capazes de patentear ao outro a face de Deus; o ser único vem enriquecer a convivência, preenche-la e torná-la completa.

 E, assim, é formada a fraternidade: cada um oferece seus dons e talentos, sua singularidade, que colocada a serviço, dá forma, gera vida. Igualmente àquele menino do evangelho de João, que tinha cinco pães e dos peixes, ele oferece tudo o que tinha, a primeira vista de fato é pouco para alimentar uma multidão, mas, é tudo o que ele tem, confiante e sem hesitar, entrega o que tem (João 6,9). Faz o que é preciso, entrega seu dom e o mistério é efetivado.

  Francisco nos demostra, após ter experienciado Deus, que a gratuidade e na partilha é possível erigir, somar. Mostra com seu testemunho que o homem é lugar teológico; e compreende que cada irmão que chega é presente e dom de Deus. Esse irmão com suas inclinações e aptidões, sombras e claridades, compõe a fraternidade, de uma forma insubstituível.

Ele mesmo diz em seus escritos: “... E depois que o Senhor me deu irmãos...” (Test. 4, 14). Reconhece que efetivamente é Deus quem os põe em seu caminho, para que juntos, ainda que com todas as diferenças que enriquece, mas, com o mesmo propósito de vivência evangélica em fraternidade, caminhem juntos, na construção do reino.

 Portanto, Frei Francisco nos convida a lançar esse olhar que percebe e acolhe o outro como lugar teológico. Exorta-nos, a ter uma diligencia com a nossa palavra única, que Deus soprou ao nosso ouvido e, sobretudo a fazer audível a todos que partilham da nossa vida.



Postulante Abdias Rodrigues de Oliveira Júnior


                                                                                      

sábado, 1 de junho de 2013

Experiência em Deus

 "Os vestígios de meu próprio impulso vital levar-me-ão até Deus que é a fonte de toda vida”, diz o Monge Beneditino Anselm Grün. No decorrer de nossa caminhada em busca de um ideal, vivemos diversas experiências. Experiências que nos ajudam a “crescer” em maturidade e a “ver o mundo com outros olhares”.

O mais belo das experiências é saber que Deus sempre está conosco, Ele é o ápice da vida. Nas alegrias e mesmo nas grandes tribulações, na perda, na conquista, Deus sempre revela o seu amor e carinho no irmão que acolhe, abraça, nos oferece um ombro amigo e que sabe silenciar para nos ouvir. Deus é o grande amigo que permanece conosco em todas as situações. Fico impressionado com o modo que Deus se revela a nós.

Certa vez Deus “apareceu na minha casa”, pediu comida, um pouco de água e depois pediu para tomar um banho. Fiquei assustado com o ultimo pedido, porém, minha mãe não; então O deixou tomar banho. Ele saiu feliz e cheiroso, vestido com roupas limpas, agradeceu e partiu.

Deus é impressionante, é belíssimo o seu modo de se revelar a nós e por nós. Quando menos esperamos, Deus em seu amor bate a porta e cabe a cada um de nós abrirmos-la ou deixá-la fechada.


Inspirado no livro: Se quiser experimentar Deus, Anselm Grün.


Postulante Douglas Leandro de Oliveira

sábado, 25 de maio de 2013

Como conversar com Deus?

Para conversar com Deus é preciso antes de tudo aprender em estar em silêncio. Muitos de nós queixamos que não conseguimos ouvir a voz de Deus, porém, não há qualquer mistério que preencha essa dúvida. 

Deus nos fala. Mas, geralmente estamos tão preocupados em falar, falar e falar que ele simplesmente como pai nos ouve. Se falarmos o tempo todo, nada mais natural que ouvirmos o som da nossa própria voz. 

A maneira mais simples de orar e ficar em silêncio, colocar a alma de joelhos e esperar pacientemente que a presença de Deus se manifeste, ele entra no nosso coração e muda totalmente nossa vida. 

Portanto, se quiser conversar com Deus aprenda a ouvir. E aprenda a estar em silêncio primeiro. Aprenda a ouvir. E aprenda, principalmente, que sua voz nos fala através de pessoas e de fatos e que nem sempre a solução que Ele encontra para os nossos problemas são as mesmas que impomos. Deus também diz “não” quando é disso que precisamos. Ele conhece nosso coração muito melhor que nós, pois, vê dentro e vê nosso amanhã. 

Por isso, a voz do silêncio é a voz de Deus. E falar com ele é um privilégio maravilhoso, acessível a todos nós.


Postulante Davy José Pereira

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Surpresa!!! Natalício de Frei Emílio

Celebramos nesse dia, os 83 anos de Frei Emílio de Santi Piro. Com direito a festinha surpresa organizada pelos Ministros Ext. da S. Comunhão e a presença de amigos e claro, de nossa Fraternidade.
Louvado sejas, meu Senhor, pela vida de nossos irmãos, e de modo especial, de nosso irmão capuchinho Frei Emílio.



minuto dos parabéns:
















terça-feira, 7 de maio de 2013

Rosa Linda


Quando o amor alcança as profundezas do espírito, os limites da natureza humana tornam-se simples detalhes de quem aprendeu a viver. Eis a percepção resultante de meses de voluntariado na Vila Vicentina Padre Alaor. Os senhores e senhoras que ali residem experimentam na amizade essa máxima.
A grande maioria dos velhinhos possui dificuldade na fala ou a ausência da mesma. Entretanto, a comunicação segue eficiente por meio de gemidos e gestos. A linguagem tem necessidade apenas do olhar atento para concretizar suas palavras silenciosas.

Duas senhoras em especial, amigas afetivamente inseparáveis, causam-me forte impressão. Dividem o quarto e os dias do ano. O amor encontrou nelas a reciprocidade mais natural. Amor não expressado em palavras, mas, declarado em cada sorriso e nos abraços limitados pelo braço das cadeiras onde se assentam.
Raras vezes foi necessário que uma delas se ausentasse da companhia da outra. Certa vez, Rosalinda precisou sair para consulta médica. Sua amiga, Ângela, se opôs e, entre gemidos bravos e gestos fez o que lhe pareceu possível para impedir a saída da amiga. Pensava ela que, caso esta fosse, poderia não mais voltar.

Meses depois o medo de Ângela tomou feições reais. Rosalinda faleceu. E sua cadeira ao lado de Ângela permanece vazia. Seus olhos umedecidos fazem-me recordar que sua amiga não voltará.
Apesar disso, o amor cultivado por essa amizade não cessa com a morte. Afinal, o Amor que vence os limites da natureza é eterno.


Postulante Warley Alves de Oliveira

sábado, 27 de abril de 2013

Missão Coração Franciscano - Comunidade São José Operário


Nós, Postulantes Capuchinhos, estivemos em missão na comunidade São José Operário juntamente com Almerinda, Luzia, Bruna, Adelina e Teresinha, mulheres da comunidade. 
Foram dois finais de semana em que, visitamos as famílias da comunidade e desenvolvemos junto a elas algumas atividades. Durante esses dias, rezamos, aspergimos água benta nas casas e conversamos sobre o bem-estar de cada família. Nós procuramos levar nossa presença capuchinha e assim, conhecer melhor a realidade dos moradores.

Ao levarmos a Palavra de Deus através do nosso jeito simples de ser; encontramos reflexões diversas e tentamos partilhá-las, procurando chegar à sua luz, para dar mais esperança e consolo na caminhada terrestre das pessoas que conhecemos. 
Nós nos enriquecemos com a experiência da missão, pois ganhamos mais que oferecemos. Um simples lugar em que se tenha uma grande necessidade de escuta; é onde queremos estar sem medo. 
A misericórdia se fez em ambas as partes: em nós para com eles e neles para conosco. Terminamos a missão com a partilha de experiências de cada um, percebendo a alegria da missão feita na Comunidade São José. 


Postulante Aeliton Martins da Silva

domingo, 21 de abril de 2013

Francisco: Homem integrado

Francisco sempre possuiu diversas virtudes, uma delas foi ser um homem integrado. Ele buscou viver em harmonia com tudo aquilo que brotava em seu ser e fez isso de maneira singela. Dentro de nós há espaço para todos esses sentimentos e sensações; cabe a nós administrá-los e trabalhá-los. 

O Poverello de Assis mostrou-nos a importância da ternura, do cuidado e do acolhimento. Francisco abraçou a todos, sem distinção, abriu seus braços, o coração e amou. A cada encontro, ele nutriu sua alma, tornando-a cada vez mais humana, formando então a grande fraternidade universal. Acolheu e se juntou aos desprezados e aos esquecidos de sua época; àqueles, aos quais as pessoas apontavam o dedo; não queriam por perto e nada faziam para devolver a dignidade. Com ternura, alcançou os corações, mostrando o vigor transformador do amor e revelando a face do Deus que é misericordioso. 

Francisco foi um homem de vigor e de força. Não temeu o novo, não temeu encarar a realidade que o cercava. Foi forte o suficiente para gritar contra a injustiça e o preconceito. E o segredo está aí, neste grito; o seu grito, nunca foi violento, agressivo. Mas, antes de tudo, um convite, com um toque de ternura. Foi capaz de deixar muitos inquietos, convidando-os a refletir e a gerar um novo olhar, um olhar que promovia a vida. 

Sabendo sempre administrar sua ternura e seu vigor; ele foi sol, capaz de irradiar e foi calor, capaz de transmitir a força que revitalizava. Esse Santo de ternura ainda foi capaz de não perder a dimensão de lua, que com sua claridade amena, amaciou e sanou as flechas que feriam e faziam sangrar. 

Em suma, Frei Francisco é um exemplo claro de homem integrado, pois se revela não um homem perfeito, mas sim um sujeito dono de suas energias, tendo as rédeas seguras em suas mãos e ao mesmo tempo, sendo capaz de ter atitudes ternas e humanitárias. Nosso Santo não correu o risco de tornar-se um sujeito rígido de mais, reprimido e duro de coração, uma vez que sempre teve atos efetivamente humanos. Francisco a exemplo do próprio Cristo nos convida a ser e a ter misericórdia. . 


Postulante Abdias Rodrigues de Oliveira Júnior