sábado, 21 de setembro de 2013

A jovialidade clariana

A coerente fé de Santa Clara de Assis, ainda no despertar de sua juventude, revelava o seu desejo de viver a serviço do próximo. O mesmo fervor tinha sua mãe e desta, aprendeu a aliviar o sofrimento dos menos favorecidos, aos quais ajudava caridosamente.
Do seu primeiro contato com São Francisco através da pregação dele na Catedral de Assis, Clara sente-se iluminada pelo exemplo vivo de Francisco e, ao mesmo tempo, atraída pelo seu inovador modo de vida, tão conforme a mensagem cristã. É a face de uma jovem que encontra o sentido de sua existência. Sente o coração palpitar ligeiro com a possibilidade de se consagrar perpetuamente ao Sumo Deus.
Foram muitas as dificuldades em sua experiência de fé, as incompreensões por parte da família quanto a sua caminhada. No entanto, ela não voltaria atrás. Optou pelo seguimento do Cristo Jesus pobre, humilde e obediente; seguiria as pegadas que Francisco deixou ao mundo.
Como a juventude de hoje, também Clara se Lança em escolhas nada fáceis e até arriscadas. Também a jovem sentiu medo, mas, a coragem e o vigor da jovialidade levaram-na a buscar seus sonhos. São 800 anos do carisma clariano na Igreja. Suas palavras ecoam forte através dos séculos e continuam atualizadas. Como ela própria cita em uma de suas cartas: “não perca de vista seu ponto de partida”.


Postulante Warley Alves de Oliveira

domingo, 8 de setembro de 2013

Rosto Humano de Jesus


Neste mundo em que nós vivemos, a maldade parece não ter fim. Pessoas brigam por motivos bobos e se esquecem do bem necessário: o amor.
Infelizmente, o orgulho ainda segue alimentando o ódio no coração humano.
Vidas estão pelo mundo procurando um sentido ou uma razão para continuar a viver. São milhares de pessoas passando fome de pão e de amor.
O rosto humano de Jesus está presente em nosso meio e não o vemos. Às vezes, percebemos tudo, menos o que está a nossa volta gritando por nós.
O autor da vida, aquele que nos conhece no mais intimo do coração, está no outro; naqueles que sofrem, naqueles se alegram. É necessário ver além das aparências e perceber o que as pessoas trazem de bom e o exemplo que elas nos deixam.
Portanto, é preciso buscar no exemplo do Cristo que se faz e refaz nas pessoas. Devemos ser exemplo de misericórdia; ser carinho onde há necessidade de carência; ser o amor.
Sejamos o rosto de Jesus a partir das coisas simples, das pequenas ações do dia a dia.


Postulante Aeliton Martins da Silva

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Claridade

Observando os escritos de nossa irmã Clara é possível constatar que ela foi uma mulher de coragem e misericórdia. Irmã que irradiou claridade.Claridade tal, capaz de revelar na vivencia com suas irmãs a face de Deus, um Deus terno, que caminha junto do seu povo. Que fala a todo tempo: no convívio do dia-a-dia, no silêncio da oração.

Um Deus que nos convida à comunhão, à fraternidade, ao amor; desafio para atualidade que, muitas vezes, perde-se no ativismo e na correria. Deixando de perceber o que se passa a nossa volta, e por consequência fechando-nos para as surpresas de Deus.

Irmã Clara mostra a eficácia da atenção, no se fazer presente, no ser força transformadora no meio em que se vive. Mulher de garra e coragem “Ninguém, poderá afastar-me de tão grande alegria”.(cf. 3ª Carta a Inês de Praga, 5’’).

Venceu os protocolos de sua época, dando inicio a um novo jeito de ser Igreja. Enfrentou os desafios da vida, assim como muitos homens e mulheres, que lutam a favor da vida, que lutam pela justiça e fraternidade. Que tem coragem de viver a vida com todas as suas exigências e dar verdadeiro sentido a ela.

Ainda com todo esse encorajamento, não perde a ternura, contempla a singularidade de cada irmã, pois na diversidade que se dá à riqueza de uma fraternidade. Exerce um cuidado admirável para com suas irmãs, como vemos no relato a seguir: “Assim, muitas vezes, no frio da noite, ia cobrir com as próprias mãos as que estavam dormindo”.(cf. LCL 38’,2’’)

Deste modo, o testemunho de irmã Clara, plantinha de Frei Francisco, encoraja-nos a sermos, para além de nossas fragilidades, implantadores efetivos e afetivos da justiça e do amor, que é Cristo. E a viver entre as coisas que passam abraçando as que não passam, levando claridade aos cantos do mundo carecido de Luz.


Postulante Abdias Rodrigues de Oliveira Júnior