sábado, 3 de agosto de 2013

Tríduo em louvor a Nossa Senhora dos Anjos

Coroa Franciscana das Alegrias de Nossa Senhora

Creio.
Pai-Nosso.
3 Ave-Marias.
Glória ao Pai.

I Alegria – Anunciação e Encarnação
No primeiro mistério consideramos a alegria de Nossa Senhora ao ouvir do Arcanjo São Gabriel que fora escolhida por Deus para ser Mãe do Salvador.
Pai-nosso, dez Ave-Marias e Glória ao Pai.

II Alegria – Visita a Santa Isabel
No segundo mistério consideramos a alegria da Santíssima Virgem em casa de sua prima Santa Isabel, quando foi pela primeira vez saudada como Mãe de Deus.
Pai-nosso, dez Ave-Marias e Glória ao Pai.

III Alegria – Nascimento de JesusNo terceiro mistério consideramos o inefável gozo de Nossa Senhora no estábulo de Belém, quando seu Filho divino nasceu milagrosamente.
Pai-nosso, dez Ave-Marias e Glória ao Pai.

IV Alegria – Adoração dos Reis MagosNo quarto mistério consideramos a alegria de Nossa Senhora quando os três magos vieram de longe adorar o Menino Jesus e oferecer-lhe ouro, incenso e mirra.
Pai-nosso, dez Ave-Marias e Glória ao Pai.

V Alegria – Encontro de Jesus no TemploNo quinto mistério consideramos a alegria de Nossa Senhora quando achou o Divino Menino no Templo entre os doutores.
Pai-nosso, dez Ave-Marias e Glória ao Pai.

VI Alegria – Ressurreição de JesusNo sexto mistério consideramos a alegria e o júbilo da Santa Mãe de Deus, quando, na manhã de Páscoa, viu seu Filho divino ressuscitado e glorioso.
Pai-nosso, dez Ave-Marias e Glória ao Pai.

VII Alegria – Coroação da Virgem Imaculada no céuNo sétimo mistério consideramos a maior de todas as alegrias de Nossa Senhora, quando morreu santamente e foi levada aos céus, com corpo e alma, acima dos coros angélicos, à direita de seu Filho divino, que a coroou Rainha dos anjos e dos santos.
Pai-nosso, dez Ave-Marias, Glória ao Pai e Salve Rainha.



Leitura para cada dia:

1º Dia - Legenda Perusina 8,1-12
Vendo o bem-aventurado Francisco que o Senhor queria aumentar o número de seus frades, disse-lhes um dia: ‘Caríssimos irmãos e meus filhinhos, vejo que o Senhor quer fazer crescer a nossa família. Parece-me que seria prudente e próprio de religiosos irmos pedir ao Senhor Bispo ou aos cônegos de S. Rufino ou ao abade do mosteiro de São Bento uma igreja pequena e pobre onde os frades possam recitar as horas e, ao lado, uma casa pequena e pobre, de barro e de vimes, onde os frades possam descansar e fazer o que lhes for necessário.O lugar que agora habitamos já não é conveniente e a casa é exígua demais para nos abrigar, visto que aprouve ao Senhor multiplicar-nos. Foi então apresentar ao bispo o seu pedido, que lhe respondeu assim: “Irmão, não tenho igreja para vos dar”. Dirigiu-se em seguida aos cônegos de S. Rufino. Estes deram-lhe a mesma resposta. Foi dali ao mosteiro de São Bento do Monte Subásio. Falou ao abade como fizera ao bispo e aos cônegos, relatando-lhe a resposta que deles obtivera. O abade compadecido, depois de se aconselhar com os seus monges, resolveu com eles, como foi da vontade de Deus, entregar ao bem-aventurado Francisco e seus frades a igreja de Santa Maria da Porciúncula, a mais pobre que eles possuíam. Para o bem-aventurado Francisco era tudo quanto de há muito desejava.


2º Dia - Escritos de Tomás de Celano
Não foi sem presciência de um oráculo divino que muito tempo antes se denominara Porciúncula o lugar por sorte destinado àqueles que desejavam neste mundo absolutamente nada possuir.
Observava-se ali, mais do que em cada um dos demais institutos, rígida disciplina em tudo, tanto no silêncio, como no trabalho. Embora soubesse Francisco que o reino de Deus se estabelece em qualquer parte da terra, experimentara, contudo estar o local da Igreja de Santa Maria da Porciúncula repleta de graça mais abundante e ser freqüentado pela visita dos anjos celestes. Dizia por isso aos irmãos muitas vezes: “Vede, filhos, não abandoneis este lugar. Se fordes expulsos por uma porta, entrai por outra; pois este lugar verdadeiramente é santo e a morada de Deus. Quando éramos poucos, o Altíssimo aqui aumentou nosso número; aqui iluminou os corações de seus pobres com a luz de sua sabedoria; aqui inflamou nossas vontades no fogo de seu amor. Considerai, portanto, filhos, o lugar da morada de Deus digno de toda honra, e de todo coração com exultação e louvor ali confessai a Deus.


3º Dia - Testemunho de Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim:
Uma noite, do ano do Senhor de 1216, Francisco estava compenetrado na oração e na contemplação na igrejinha da Porciúncula, perto de Assis, quando, repentinamente, a igrejinha ficou repleta de uma vivíssima luz e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, circundados de uma multidão de anjos. Francisco, em silêncio e com a face por terra, adorou a seu Senhor.
Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. A resposta de Francisco foi imediata: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero pecador, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão a visitar esta igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.
O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho portanto o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”.
E imediatamente, Francisco se apresentou ao Pontífice Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perúsia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e disse: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, destacadamente respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”.
E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Como, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”.
E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas:”Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”



Oração a nossa Senhora dos Anjos

Virgem dos Anjos,
que por tantos séculos têm colocado
seu trono de misericórdia na Porciúncula,
ouvi as orações de seus filhos
que confiantes vos recorrem.
Abençoe nossas casas, nosso trabalho, nosso descanso,
dando-nos a paz serena, onde o ódio e a culpa,
são transformados em uma canção de alegria,
como a melodia de seus Anjos e de nosso seráfico Pai Francisco.
Ó Senhora dos Anjos, alcançai-nos,
pela oração do bem-aventurado Francisco,
o perdão aos culpados,
a perseverança aos fieis
e a luz da fé àqueles que não conhecem a Deus,
nossa verdadeira Paz
e Sumo Bem.
Amém.

sábado, 29 de junho de 2013

Consciência Ambiental

A cada ano que passa aumentam os apelos dos grupos ambientalistas, pela tomada de consciência com a preservação da natureza e uso correto dos recursos naturais.

Fala-se em reciclagem, na reutilização das embalagens, reaproveitamento do lixo e até da água que usamos para tomar banho e lavar roupas. Idéias muito boas, mas nem sempre tão práticas e de fácil acesso a toda população. A grande maioria das cidades não dispõe de uma coleta seletiva do lixo e muito menos de um sistema de tratamento e reutilização da água usada nas casas. Uma verdade é que essa consciência ambiental atingiu grande visibilidade na mídia, mas pouca efetividade no dia-a-dia da população.

O homem moderno até acredita ser louvável e necessária uma maior preservação ambiental e um uso consciente dos recursos naturais e renováveis. O problema está no fato de que sempre se espera uma atitude do outro, do vizinho, da escola, do governo. As pessoas querem algo pronto, e estão tão enraizadas em uma cultura do fast-food, do self-service, do drive-in, do descartável, do desperdício, que fica quase impossível parar para uma reflexão e mudança de hábitos.

A sociedade globalizada do consumo aprendeu a consumir e jogar fora, e muitas vezes no chão, na grama, onde for mais cômodo. Tornamos-nos máquinas de poluição ambulantes, sentimos prazer em nos servir das coisas e descartá-las depois. Destruímos a natureza a cada acelerada do nosso carro, a cada embalagem aberta, a cada descarga dada. Mas um dia seremos nós mesmos engolidos e sufocados por nossos dejetos.


Postulante Marcelo Machado Coura

sábado, 22 de junho de 2013

Indigência: indivíduos invisíveis

A indigência afeta os centros urbanos, transformando em invisíveis, homens e mulheres à margem da sociedade. Sem perspectivas, pessoas terminam o ciclo da vida em total abandono, sem direitos e sem esperanças.

Em muitos estados, ocorrem acirradas disputas territoriais entre latifundiários e indígenas ou camponeses, como ocorreu, recentemente, em Mato Grosso. Índios e fazendeiros em manifestação pela defesa de seus territórios. Contudo, percebe-se que, aos poucos, são os nativos, aliás, habitantes desse continente antes mesmo da chegada dos europeus, que vão perdendo suas terras, delimitadas pelo governo. São desconsiderados em suas posições e “indigenciados”; pois, está ameaçada sua forma de vida. Dependem da flora e do cultivo rudimentar do solo para mantê-la e dar continuidade a mesma.

Com o intuito de embelezar a capital mineira para a Copa das Confederações, mendigos são retirados das ruas e encaminhados para bairros distantes, segundo algumas entidades assistenciais em Belo Horizonte. Estes são como homens invisíveis, que não satisfazem uma sociedade consumista. Residem nas ruas não por vontade própria, mas, por não encontrarem subsídios que os auxiliem na melhoria das condições de vida.

Conclui-se que, enquanto persistirem formas de exploração do ser humano, permitindo uma má distribuição de renda, muitas pessoas continuarão ocultas sob a sombra da indigência. Fingir sua inexistência, voltando o rosto e cruzando os braços é menosprezar a dignidade humana daqueles que carecem dos direitos fundamentais para viver, previstos, inclusive, nas constituições federais.


Postulante Warley Alves de Oliveira