sábado, 8 de junho de 2013

Dom e Mistério

Somos marcados por nossa singularidade, tal qual nos forma e nos faz únicos. Romano Guardini, relata em suas memórias que, Deus diz a cada um, uma palavra original; todos nós somos palavras de Deus e que cabe a nós percebermos essa palavra e a fazer audível.

Tomás de Aquino, afirma em suas teses que, cada um de nós somos expressão reveladora de Deus neste mundo, de forma singular. Com nosso jeito de ser, somos capazes de patentear ao outro a face de Deus; o ser único vem enriquecer a convivência, preenche-la e torná-la completa.

 E, assim, é formada a fraternidade: cada um oferece seus dons e talentos, sua singularidade, que colocada a serviço, dá forma, gera vida. Igualmente àquele menino do evangelho de João, que tinha cinco pães e dos peixes, ele oferece tudo o que tinha, a primeira vista de fato é pouco para alimentar uma multidão, mas, é tudo o que ele tem, confiante e sem hesitar, entrega o que tem (João 6,9). Faz o que é preciso, entrega seu dom e o mistério é efetivado.

  Francisco nos demostra, após ter experienciado Deus, que a gratuidade e na partilha é possível erigir, somar. Mostra com seu testemunho que o homem é lugar teológico; e compreende que cada irmão que chega é presente e dom de Deus. Esse irmão com suas inclinações e aptidões, sombras e claridades, compõe a fraternidade, de uma forma insubstituível.

Ele mesmo diz em seus escritos: “... E depois que o Senhor me deu irmãos...” (Test. 4, 14). Reconhece que efetivamente é Deus quem os põe em seu caminho, para que juntos, ainda que com todas as diferenças que enriquece, mas, com o mesmo propósito de vivência evangélica em fraternidade, caminhem juntos, na construção do reino.

 Portanto, Frei Francisco nos convida a lançar esse olhar que percebe e acolhe o outro como lugar teológico. Exorta-nos, a ter uma diligencia com a nossa palavra única, que Deus soprou ao nosso ouvido e, sobretudo a fazer audível a todos que partilham da nossa vida.



Postulante Abdias Rodrigues de Oliveira Júnior


                                                                                      

sábado, 1 de junho de 2013

Experiência em Deus

 "Os vestígios de meu próprio impulso vital levar-me-ão até Deus que é a fonte de toda vida”, diz o Monge Beneditino Anselm Grün. No decorrer de nossa caminhada em busca de um ideal, vivemos diversas experiências. Experiências que nos ajudam a “crescer” em maturidade e a “ver o mundo com outros olhares”.

O mais belo das experiências é saber que Deus sempre está conosco, Ele é o ápice da vida. Nas alegrias e mesmo nas grandes tribulações, na perda, na conquista, Deus sempre revela o seu amor e carinho no irmão que acolhe, abraça, nos oferece um ombro amigo e que sabe silenciar para nos ouvir. Deus é o grande amigo que permanece conosco em todas as situações. Fico impressionado com o modo que Deus se revela a nós.

Certa vez Deus “apareceu na minha casa”, pediu comida, um pouco de água e depois pediu para tomar um banho. Fiquei assustado com o ultimo pedido, porém, minha mãe não; então O deixou tomar banho. Ele saiu feliz e cheiroso, vestido com roupas limpas, agradeceu e partiu.

Deus é impressionante, é belíssimo o seu modo de se revelar a nós e por nós. Quando menos esperamos, Deus em seu amor bate a porta e cabe a cada um de nós abrirmos-la ou deixá-la fechada.


Inspirado no livro: Se quiser experimentar Deus, Anselm Grün.


Postulante Douglas Leandro de Oliveira

sábado, 25 de maio de 2013

Como conversar com Deus?

Para conversar com Deus é preciso antes de tudo aprender em estar em silêncio. Muitos de nós queixamos que não conseguimos ouvir a voz de Deus, porém, não há qualquer mistério que preencha essa dúvida. 

Deus nos fala. Mas, geralmente estamos tão preocupados em falar, falar e falar que ele simplesmente como pai nos ouve. Se falarmos o tempo todo, nada mais natural que ouvirmos o som da nossa própria voz. 

A maneira mais simples de orar e ficar em silêncio, colocar a alma de joelhos e esperar pacientemente que a presença de Deus se manifeste, ele entra no nosso coração e muda totalmente nossa vida. 

Portanto, se quiser conversar com Deus aprenda a ouvir. E aprenda a estar em silêncio primeiro. Aprenda a ouvir. E aprenda, principalmente, que sua voz nos fala através de pessoas e de fatos e que nem sempre a solução que Ele encontra para os nossos problemas são as mesmas que impomos. Deus também diz “não” quando é disso que precisamos. Ele conhece nosso coração muito melhor que nós, pois, vê dentro e vê nosso amanhã. 

Por isso, a voz do silêncio é a voz de Deus. E falar com ele é um privilégio maravilhoso, acessível a todos nós.


Postulante Davy José Pereira