sábado, 29 de junho de 2013

Consciência Ambiental

A cada ano que passa aumentam os apelos dos grupos ambientalistas, pela tomada de consciência com a preservação da natureza e uso correto dos recursos naturais.

Fala-se em reciclagem, na reutilização das embalagens, reaproveitamento do lixo e até da água que usamos para tomar banho e lavar roupas. Idéias muito boas, mas nem sempre tão práticas e de fácil acesso a toda população. A grande maioria das cidades não dispõe de uma coleta seletiva do lixo e muito menos de um sistema de tratamento e reutilização da água usada nas casas. Uma verdade é que essa consciência ambiental atingiu grande visibilidade na mídia, mas pouca efetividade no dia-a-dia da população.

O homem moderno até acredita ser louvável e necessária uma maior preservação ambiental e um uso consciente dos recursos naturais e renováveis. O problema está no fato de que sempre se espera uma atitude do outro, do vizinho, da escola, do governo. As pessoas querem algo pronto, e estão tão enraizadas em uma cultura do fast-food, do self-service, do drive-in, do descartável, do desperdício, que fica quase impossível parar para uma reflexão e mudança de hábitos.

A sociedade globalizada do consumo aprendeu a consumir e jogar fora, e muitas vezes no chão, na grama, onde for mais cômodo. Tornamos-nos máquinas de poluição ambulantes, sentimos prazer em nos servir das coisas e descartá-las depois. Destruímos a natureza a cada acelerada do nosso carro, a cada embalagem aberta, a cada descarga dada. Mas um dia seremos nós mesmos engolidos e sufocados por nossos dejetos.


Postulante Marcelo Machado Coura

sábado, 22 de junho de 2013

Indigência: indivíduos invisíveis

A indigência afeta os centros urbanos, transformando em invisíveis, homens e mulheres à margem da sociedade. Sem perspectivas, pessoas terminam o ciclo da vida em total abandono, sem direitos e sem esperanças.

Em muitos estados, ocorrem acirradas disputas territoriais entre latifundiários e indígenas ou camponeses, como ocorreu, recentemente, em Mato Grosso. Índios e fazendeiros em manifestação pela defesa de seus territórios. Contudo, percebe-se que, aos poucos, são os nativos, aliás, habitantes desse continente antes mesmo da chegada dos europeus, que vão perdendo suas terras, delimitadas pelo governo. São desconsiderados em suas posições e “indigenciados”; pois, está ameaçada sua forma de vida. Dependem da flora e do cultivo rudimentar do solo para mantê-la e dar continuidade a mesma.

Com o intuito de embelezar a capital mineira para a Copa das Confederações, mendigos são retirados das ruas e encaminhados para bairros distantes, segundo algumas entidades assistenciais em Belo Horizonte. Estes são como homens invisíveis, que não satisfazem uma sociedade consumista. Residem nas ruas não por vontade própria, mas, por não encontrarem subsídios que os auxiliem na melhoria das condições de vida.

Conclui-se que, enquanto persistirem formas de exploração do ser humano, permitindo uma má distribuição de renda, muitas pessoas continuarão ocultas sob a sombra da indigência. Fingir sua inexistência, voltando o rosto e cruzando os braços é menosprezar a dignidade humana daqueles que carecem dos direitos fundamentais para viver, previstos, inclusive, nas constituições federais.


Postulante Warley Alves de Oliveira

sábado, 15 de junho de 2013

O Cuidado


Na vida, na saúde, na educação na ecologia, na ética e na espiritualidade haverá sempre a necessidade do cuidado. Onde não existe o cuidado, já não existe mais vida.

O primeiro fator que importa é lembrar de que o ser humano é um sujeito, e não uma coisa. Vidas estarão sempre em conjunto num globo, precisando da sintonia, do olhar cuidadoso para com a terra e cada componente que nela vive.

Cuidado e justiça distinguem-se, mas não se opõem. Eles se compõem, pois precisamos de ambos para dar conta dos problemas atuais.

Anselm Griin diz que quando as pessoas não podem mais falar entre si, a vida torna-se árida. Cuidar é também deixar o outro achar que precisa de algo e não dar-lhe o que ele precisa. É amar a vida sabendo que não vivemos sós.

Portanto, é preciso na dimensão do cuidado, sermos sempre gratos pelas complexidades dos bens que temos. A vivência do amor trabalhada resultará no crescimento pessoal e no cuidado necessário. 


Postulante Aeliton Martins da Silva






sábado, 8 de junho de 2013

Dom e Mistério

Somos marcados por nossa singularidade, tal qual nos forma e nos faz únicos. Romano Guardini, relata em suas memórias que, Deus diz a cada um, uma palavra original; todos nós somos palavras de Deus e que cabe a nós percebermos essa palavra e a fazer audível.

Tomás de Aquino, afirma em suas teses que, cada um de nós somos expressão reveladora de Deus neste mundo, de forma singular. Com nosso jeito de ser, somos capazes de patentear ao outro a face de Deus; o ser único vem enriquecer a convivência, preenche-la e torná-la completa.

 E, assim, é formada a fraternidade: cada um oferece seus dons e talentos, sua singularidade, que colocada a serviço, dá forma, gera vida. Igualmente àquele menino do evangelho de João, que tinha cinco pães e dos peixes, ele oferece tudo o que tinha, a primeira vista de fato é pouco para alimentar uma multidão, mas, é tudo o que ele tem, confiante e sem hesitar, entrega o que tem (João 6,9). Faz o que é preciso, entrega seu dom e o mistério é efetivado.

  Francisco nos demostra, após ter experienciado Deus, que a gratuidade e na partilha é possível erigir, somar. Mostra com seu testemunho que o homem é lugar teológico; e compreende que cada irmão que chega é presente e dom de Deus. Esse irmão com suas inclinações e aptidões, sombras e claridades, compõe a fraternidade, de uma forma insubstituível.

Ele mesmo diz em seus escritos: “... E depois que o Senhor me deu irmãos...” (Test. 4, 14). Reconhece que efetivamente é Deus quem os põe em seu caminho, para que juntos, ainda que com todas as diferenças que enriquece, mas, com o mesmo propósito de vivência evangélica em fraternidade, caminhem juntos, na construção do reino.

 Portanto, Frei Francisco nos convida a lançar esse olhar que percebe e acolhe o outro como lugar teológico. Exorta-nos, a ter uma diligencia com a nossa palavra única, que Deus soprou ao nosso ouvido e, sobretudo a fazer audível a todos que partilham da nossa vida.



Postulante Abdias Rodrigues de Oliveira Júnior


                                                                                      

sábado, 1 de junho de 2013

Experiência em Deus

 "Os vestígios de meu próprio impulso vital levar-me-ão até Deus que é a fonte de toda vida”, diz o Monge Beneditino Anselm Grün. No decorrer de nossa caminhada em busca de um ideal, vivemos diversas experiências. Experiências que nos ajudam a “crescer” em maturidade e a “ver o mundo com outros olhares”.

O mais belo das experiências é saber que Deus sempre está conosco, Ele é o ápice da vida. Nas alegrias e mesmo nas grandes tribulações, na perda, na conquista, Deus sempre revela o seu amor e carinho no irmão que acolhe, abraça, nos oferece um ombro amigo e que sabe silenciar para nos ouvir. Deus é o grande amigo que permanece conosco em todas as situações. Fico impressionado com o modo que Deus se revela a nós.

Certa vez Deus “apareceu na minha casa”, pediu comida, um pouco de água e depois pediu para tomar um banho. Fiquei assustado com o ultimo pedido, porém, minha mãe não; então O deixou tomar banho. Ele saiu feliz e cheiroso, vestido com roupas limpas, agradeceu e partiu.

Deus é impressionante, é belíssimo o seu modo de se revelar a nós e por nós. Quando menos esperamos, Deus em seu amor bate a porta e cabe a cada um de nós abrirmos-la ou deixá-la fechada.


Inspirado no livro: Se quiser experimentar Deus, Anselm Grün.


Postulante Douglas Leandro de Oliveira