quinta-feira, 23 de maio de 2013

Surpresa!!! Natalício de Frei Emílio

Celebramos nesse dia, os 83 anos de Frei Emílio de Santi Piro. Com direito a festinha surpresa organizada pelos Ministros Ext. da S. Comunhão e a presença de amigos e claro, de nossa Fraternidade.
Louvado sejas, meu Senhor, pela vida de nossos irmãos, e de modo especial, de nosso irmão capuchinho Frei Emílio.



minuto dos parabéns:
















domingo, 19 de maio de 2013

O Verdadeiro Tesouro

Fico tentando imaginar a sensação de liberdade experimentada por Francisco de Assis após sua conversão e despego de todas as posses materiais que lhe eram de direito. Abnegar-se de uma vida impregnada de poder e ostentação caracteriza o valor inestimável descoberto por ele em nada ter para si mesmo. Francisco decidiu deixar tudo para ganhar O TUDO! Não possuir nada era para ele a maior riqueza, sinônimo de liberdade e de paz.

No momento em que esteve com o coração vazio de preocupações com a administração de seus bens e em como mantê-los e até aumentá-los, passou a gozar de plena alegria. Pois estava despojado de tudo e livre para amar e ser amado.

Como já sabemos, essa alegria contagiou a muitos e até hoje, após oitocentos anos, continua a fazer adeptos. O modo simples de viver o Evangelho, ensinado por Francisco, passa pela pobreza. Ao imitar o Cristo, pobre e simples, o coração do santo de Assis torna-se propício para amar tudo e todos, sem distinção.

Quando não possuímos bens materiais para nos apegar e nos preocupar em mantê-los, nosso único e maior bem torna-se o outro. O grande tesouro que passamos a ter e a cuidar passa a ser o irmão com o qual convivemos.


Postulante Marcelo Machado Coura

terça-feira, 7 de maio de 2013

Rosa Linda


Quando o amor alcança as profundezas do espírito, os limites da natureza humana tornam-se simples detalhes de quem aprendeu a viver. Eis a percepção resultante de meses de voluntariado na Vila Vicentina Padre Alaor. Os senhores e senhoras que ali residem experimentam na amizade essa máxima.
A grande maioria dos velhinhos possui dificuldade na fala ou a ausência da mesma. Entretanto, a comunicação segue eficiente por meio de gemidos e gestos. A linguagem tem necessidade apenas do olhar atento para concretizar suas palavras silenciosas.

Duas senhoras em especial, amigas afetivamente inseparáveis, causam-me forte impressão. Dividem o quarto e os dias do ano. O amor encontrou nelas a reciprocidade mais natural. Amor não expressado em palavras, mas, declarado em cada sorriso e nos abraços limitados pelo braço das cadeiras onde se assentam.
Raras vezes foi necessário que uma delas se ausentasse da companhia da outra. Certa vez, Rosalinda precisou sair para consulta médica. Sua amiga, Ângela, se opôs e, entre gemidos bravos e gestos fez o que lhe pareceu possível para impedir a saída da amiga. Pensava ela que, caso esta fosse, poderia não mais voltar.

Meses depois o medo de Ângela tomou feições reais. Rosalinda faleceu. E sua cadeira ao lado de Ângela permanece vazia. Seus olhos umedecidos fazem-me recordar que sua amiga não voltará.
Apesar disso, o amor cultivado por essa amizade não cessa com a morte. Afinal, o Amor que vence os limites da natureza é eterno.


Postulante Warley Alves de Oliveira